Rússia diz que turismo à Lua é possível por US$ 100 mi
da Efe, em Moscou
O chefe da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Anatoli Perminov, disse hoje que um vôo de um turista em torno da Lua em uma nave cósmica russa é possível e custaria cerca de US$ 100 milhões.
"Um vôo turístico à Lua duraria cerca de 15 dias, dos quais cinco ou seis corresponderiam à volta da nave espacial em torno da Lua", disse Perminov em entrevista a um programa da televisão estadual russa.
Ao mesmo tempo, o chefe da agência espacial admitiu que, "por enquanto, ninguém faz fila" para desembolsar essa quantia em uma viagem à Lua, mas "há pessoas na lista de espera para fazer uma viagem turística à Estação Espacial Internacional (ISS)", que custa US$ 20 milhões.
Por outro lado, Perminov afirmou que "um vôo tripulado a Marte só será possível depois de 2030", e se mostrou convencido de que será um projeto de cooperação internacional.
"Até 2030 haverá diversos projetos espaciais de vôos tripulados, de que participarão muitos países: Rússia, Estados Unidos, os países europeus, China e Índia. Querendo ou não, estes países terão de cooperar e realizar um projeto conjunto", sustentou.
Na semana passada, Perminov anunciou que os astronautas estrangeiros e os turistas espaciais terão de fazer fila para poder viajar à ISS a bordo de naves russas. "A julgar pela procura, em 2006 haverá fila para viajar à ISS e teremos de encomendar naves espaciais adicionais".
Perminov explicou que o programa de vôos da agência russa prevê incluir nas tripulações de cada uma das naves russas Soyuz um estrangeiro, seja ele tripulante ou turista.
O primeiro estrangeiro que viajará à ISS em 2006 será o piloto brasileiro Marcos César Pontes, que em meados do ano acompanhará os membros da 13º expedição, o russo Pavel Vinogradov e o americano Jeffrey Williams.
Em 2007 e 2008, representantes da Malásia e da Coréia do Sul viajarão ao espaço, já que estes dois países e a Rússia têm contratos de cooperação espacial, disse.
Na opinião do diretor da agência russa, os vôos à ISS das naves americanas serão retomados, "no melhor dos casos, em maio de 2006".
"A Rússia continuará garantindo os vôos à ISS com seus próprios recursos", disse Perminov, acrescentando que antes do fim do ano será encerrada a composição do programa russo-americano de vôos à ISS em 2006.
EFE
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