1/17/2006

Canibal de Rotemburgo


O alemão Armin Meiwes, conhecido como o «Canibal de Rotemburgo», foi condenado esta sexta-feira a oito anos e meio de prisão por ter morto, desmembrado e comido um homem, segundo acaba de revelar a Sky News. O veredicto põe fim a um dos mais macabros casos da história da Alemanha.
Armin Meiwes confessou ter morto e comido Bend-Juergen Brandes, mas afirmou que foi com o consentimento da vítima.O juiz ouviu o arguido a explicar como conheceu Brandes após ter publicado um anúncio na Internet que pedia «jovens disponíveis para serem desmembrados e consumidos».
Meiwes explicou ao tribunal que havia conhecido outros cinco potenciais candidatos, mas que não os comeu por serem demasiado gordos, velhos ou pouco amigáveis.
O canibalismo não é um crime na Alemanha, mas o Ministério Público estava a tentar acusá-lo por homicídio, punível com uma pena de prisão até 15 anos.
A defesa do «Canibal de Rotemburgo» alegou que o arguido quando muito poderia ser responsável por ter «morto a pedido», o que é punível com penas até cinco anos de prisão.
Canibal alemão critica filme sobre sua vida
Armin Meiwes, um canibal alemão, está tomando providências para impedir o lançamento do filme de horror Butterfly: A Grimm Love Story, que ele diz ser baseado em sua vida.
Keri Russell (da série Felicity) é a protagonista. Ela interpreta uma estudante que pesquisa a vida do canibal Simon Grobeck, interpretado por Thomas Kretschmann, que está na prisão. Russell é atraída pelo mundo de Grobeck e fica obcecada pela comunidade de canibais da Internet.
Butterfly será lançado em 9 de março na Alemanha, a menos que Armin Meiwes, sentenciado a oito anos e meio de prisão por ter devorado um homem que ele conheceu pela Internet, conseguir o que quer. O advogado de Meiwes, Harald Ermel, disse que o filme é uma "adaptação sem originalidade dos fatos reais e que seu cliente não deu permissão à produtora (Atlantic Streamline) para transformar a história em ficção”.
"Eu me senti usado", critica Meiwes, que filmou o assassinato e confessou o crime, mas negou ter matado a vítima, já que ela teria se voluntariado para ser devorada.