A MORTE DE UM HOMEM DIGNO

O general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar foi um homem digno. Como militar, no comando das tropas de ocupação (ditas de "pacificação") da ONU no Haiti, recusava-se a servir de repressor contra aquele povo espezinhado. Foi no entanto colocado perante uma missão impossível pelo governo do sr. Lula, que se prestou a enviar militares brasileiros para substituírem os do U.S. Army, já ocupados com as guerras do Iraque e do Afeganistão. O general Bacellar foi brutalmente pressionado a fazer com que a tropa multinacional servisse de repressora dos pobres e dos oprimidos. A clique de fascistas que hoje tem o poder no Haiti, encabeçada pelo presidente da Câmara de Comércio local, Reginald Boulos, pressionou-o a eliminar os "bandidos" — o que na linguagem deles designa os patriotas e os partidários do ex-presidente deposto pela intervenção militar americana e francesa. Mas os seus superiores não lhe deram respaldo, nem tão pouco o servil governo Lula. A saída, triste, que encontrou foi por termo à própria vida. Para substituí-lo a ONU (leia-se os EUA) nomeou para o comando um general chileno, formado na escola do Pinochet e ex-aluno da infame School of Americas, de Fort Bennings, Georgia. Ou seja, tem o perfil adequado para efectuar o trabalho sujo que o Gen. Bacellar recusou. Ver notícia em http://www.haitiaction.net/News/HIP/1_7_6/1_7_6.html

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