EUA é o maior beneficiado no atentado a Mesquita da Cúpula Dourada
![](http://photos1.blogger.com/blogger/1999/2041/320/mesquita_dourada.jpg)
Com os reflexos mentais adubados pela desinformação dos grandes media, dá-se por assente que o ataque à mesquita foi perpetrado por algum dos grupos insurgentes sunitas que combatem os ocupantes anglo-estadunidenses e o governo curdo-xiita de Yalal Talabani e Ibrahim al Yaafari, apesar de nenhum grupo haver reivindicado a acção criminosa.
Contudo, a suposta autoria sunita do ataque está longe de ser óbvia, assim como não o são os
![](http://photos1.blogger.com/blogger/1999/2041/320/mesquita_dourada_2.jpg)
Em troca, a confrontação entre iraquianos de diferentes etnias e correntes islâmicas, e o linchamento maciço de sunitas, favorecem de modo evidente os interesses dos invasores anglo-estadunidenses. Por um lado, Washington e Londres continuam persuadidos de que a população sunita é o principal sustentáculo da resistência armada contra a ocupação, por outro, actos tão provocadores como o referido dão oportunidade aos governos de George W. Bush e Tony Blair para justificar a permanência das tropas estadunidenses e britânicas no território iraquiano.
![](http://photos1.blogger.com/blogger/1999/2041/320/Iraque_guerra.0.jpg)
Tendo essas considerações em mente, torna-se iniludível considerar a possibilidade de que o atentado tenha sido planeado e executado pelos próprios estadunidenses.
Ninguém ignora que Washington e seus serviços secretos montaram, em repetidas ocasiões, provocações como essa para atiçar conflitos que podiam favorecer os interesses imperiais. Quanto à capacidade de operação dos soldados ocidentais destacados no Iraque, é preciso recordar que recentemente, em Bassorá, as autoridades locais detiveram militares britânicos que operavam disfarçados de árabes, e que as forças de Londres protagonizaram um violento resgate dos seus efectivos da prisão local. Washington carece da capacidade e também, talvez, da vontade de pacificar o Iraque, mas tem, em troca, meios de sobra para vestir alguns dos seus comandos com uniformes da polícia local e mandá-los explodir uma mesquita.
![](http://photos1.blogger.com/blogger/1999/2041/320/idiota17.0.jpg)
Se não estivesse clara a vontade do governo de Washington de destruir o Iraque, bastaria considerar os suportes gráficos e videográficos que documentam a destruição vesânica perpetrada nesse país pelos invasores, os quais, na primavera de 2003, bombardearam hospitais, escolas, igrejas e bairros residenciais, permitiram o saqueio de museus e bibliotecas e consentiram na pilhagem e no incêndio dos principais gabinetes públicos. Por que haveriam de hesitar tanto na hora de arrebentar uma mesquita, sobretudo se com isso se tornassem, na sua própria lógica, "imprescindíveis" naquela país árabe?
O original encontra-se em http://www.jornada.unam.mx/2006/02/24/edito.php
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home