3/02/2006

Blair exige fechamento de Guantánamo

O primeiro-ministro do Reino Unido, Antony Blair, voltou a criticar ontem o campo de concentração dos Estados Unidos na base ilegal de Guantânamo, em Cuba, onde estão detidas centenas de pessoas que supostamente teriam ligações com grupos terroristas islâmicos.
"Concordo que se trata de uma anomalia e, por isso, deve acabar", disse Blair ao responder um pedido do líder interino dos liberal-democratas, Menzies Campbell, de falar sobre o campo de concentração.
Em seu pronunciamento semanal no Parlamento, Blair afirmou que espera a possibilidade de abertura do processo judicial [de cada preso], o que significa que Guantânamo pode fechar.
"Combatentes" inimigos
Em Guantânamo há cerca de 500 detidos, a maioria capturada no Afeganistão. Eles são considerados "combatentes inimigos" pelo governo de Washington, mas a grande maioria deles seuqer sabe o motivo de estar presa ali. Os EUA não respeitam a Convenção de Genebra em relação ao tratamento de prisioneiros e já ocorreram dezenas de denúncias de tortura a prisioneiros no campo.
Há cerca de 3 meses 300 detidos entraram em greve de fome, solicitando atendimento médico e a presença de advogados, entre outras coisas. O Pentágono ordenou que os grevistas fossem alimentados à força.
Em 16 de fevereiro, cinco relatores de direitos humanos da ONU pediram o fechamento imediato do campo de concentração e o processo ou a libertação dos detidos que não foram acusados nem julgados formalmente.
Com agências internacionais
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