3/06/2006

Governo britânico defende tratamento dado a presos no Iraque

da Efe, em Londres
O governo britânico defendeu nesta segunda-feira o tratamento dispensado aos prisioneiros no Iraque, diante das acusações de violações dos direitos humanos contidas no último relatório da Anistia Internacional (AI).
Segundo o documento da AI, cerca de 14 mil pessoas continuam detidas no país árabe sem que haja acusações contra elas, o que significa uma violação do direito internacional.
A detenção de pessoas nessas condições durante meses aumenta o risco de serem submetidas a torturas, denuncia a organização humanitária, que detalha em seu relatório uma série de acusações de maus-tratos contra detidos.
O Ministério das Relações Exteriores britânico reagiu nesta segunda-feira ao relatório, e disse que as forças multinacionais mobilizadas no Iraque estão autorizadas por duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) a fazer este tipo de detenção.
O relatório da AI denuncia que o número de detidos no Iraque é quase trinta vezes superior aos 490 presos que permanecem também em um vazio legal na base militar americana de Guantánamo, em Cuba.
A diretora da seção britânica da AI, Kate Allen, qualificou hoje como "apavorante" descobrir que "as forças multinacionais mantêm milhares de pessoas detidas sem acusações".
Segundo a AI, os presos não recebem qualquer visita de advogados ou parentes durante os dois primeiros meses, e muitos deles temem que "nunca serão libertados ou terão a oportunidade de se defender em um tribunal".
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