“Teerão não vai ceder”
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O Irão não “vai ceder à intimidação e ao envio do dossier nuclear ao Conselho de Segurança das Nações Unidas”, preservando as suas actividades de investigação sobre o enriquecimento de urânio, afirmou o líder dos negociadores iranianos, Ali Larijani.
O objectivo das nossas negociações com a Rússia e a União Europeia era manter e preservar a investigação que começámos”, afirmou ontem o secretário do Conselho Supremo da Segurança Nacional do Irão, à sua chegada ao aeroporto de Teerão, proveniente de Viena.A «troika» europeia (Alemanha, França e Grã-Bretanha) não conseguiu convencer o Irão a suspender todas as suas actividades ligadas ao enriquecimento de urânio, nas discussões realizadas na última sexta-feira na capital austríaca.“A República Islâmica do Irão vai preservar e manter o seu direito à investigação (sobre o enriquecimento de urânio) e não vai ceder à intimidação e ao envio do seu dossier ao Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou Ali Larijani.
Apreciação da AIEA
O dossier nuclear iraniano deve ser examinado a partir de amanhã pelo executivo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que já notificou o Conselho de Segurança a 4 de Fevereiro último, podendo pedir-lhe, desta vez, para tomar medidas.
Evocando a reunião de amanhã, o líder dos negociadores de Teerão assegurou, contudo, que a “percepção de que os iranianos vão renunciar ao seu direito é falsa, já que todos apoiam esse direito”.
Sem acordo
Ali Larijani garantiu que o Irão “conseguiu um acordo racional com a Rússia”, sobre a proposta de Moscovo para um enriquecimento de urânio iraniano em solo russo.
No entanto, as autoridades russas desmentiram que tal acordo tenha sido conseguido, porque o Irão se recusa a suspender as actividades de enriquecimento de urânio. De acordo com Ali Larijani, “há sinais de que certos países estão dispostos a resolver o problema, autorizando o Irão a prosseguir as actividades de investigação, mas os Estados Unidos continuam a opor-se”. Os ocidentais suspeitam que o programa nuclear civil iraniano possa dissimular um objectivo militar, para obter uma bomba atómica, situação que o Irão desmente. Nesse sentido reclamam o regresso à moratória sobre as actividades de enriquecimento, quebrada em Janeiro passado, receando que estas também possam ter fins militares, mas Teerão insiste no seu direito de desenvolver um programa nuclear civil.
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